domingo, 29 de novembro de 2009

O Mágico de Oz

Um dos musicais clássicos da história do cinema já estreou há 70 anos. Ganhou 2 Oscar e foi indicado à Palma de Ouro em Cannes. A história é conhecida por causa de um furacão onde a garota Dorothy é transportada, junto com seu cãozinho Totó dentro de casa, para o mágico mundo de Oz. Logo que chega já encontra problemas: sua casa caiu em cima da bruxa má e a matou, atraindo o desejo de vingança de sua irmã, também bruxa. Na busca por voltar para casa, Dorothy encontra três figuras que também estão embusca de algo: um espantalho que quer um cérebro, um homem de lata que precisa de um coração e um leão que quer ter coragem. Juntos, eles precisam encontrar o legendário Mágico de Oz, um mago que pode satisfazer as aspirações de todos. Para chegar até ele, basta seguir a estrada dos tijolos amarelos. O filme custou US$ 2,7 milhões, quantia considerada absurda para a época mas que se justificava pelo sucesso comercial de outra produção infantil concorrente: Branca de Neve e os Sete Anões, da Disney, que dois anos antes havia arrebentado nas bilheterias.



Mas apesar de um público gigante e muitos lucros, as filmagens foram complicadas
A começar pela direção, mais do que acidentada. Quatro grandes nomes passaram pela cadeira do diretor. O primeiro foi Richard Thorpe, que gravou as primeiras cenas e foi demitido.George Cukor foi contratado para seu lugar. Mudou a maquiagem, refilmou boa parte das cenas que já haviam sido feitas e... abandonou o projeto poucos dias depois. Já tinha assumido um compromisso anterior com ...E o Vento Levou. Assumiu, então, Victor Fleming, que gravou boa parte das cenas da produção. Mas Fleming também teve que partir.King Vidor assumiu o fim da produção e gravou, basicamente, as cenas em preto e branco que são mostradas no início do filme, ainda no Kansas.



Entre o elenco a situação não foi nem um pouco melhor. A começar pela protagonista. A MGM resolveu apostar em Judy Garland. Mas depois que a moça estava contratada, foram atrás de Shirley Temple. Mas a moça não foi liberada pela Fox e Judy foi confirmada no papel. Mas o mal-estar já havia sido criado. Ray Bolger, imortalizado como o espantalho da produção, iria viver inicialmente o homem de lata. Mas pediu aos produtores para mudar. E foi atendido, trocando de papel com Buddy Ebsen. Mas Ebsen não teve sorte: sofreu uma reação alérgica à maquiagem de homem de lata, foi internado em estado grave e deixou o projeto, substituído por Jack Haley. Outra mudança: a atriz Gale Sondergaard foi a escalada para viver a bruxa malvada da história. Mas ficou insatisfeita quando a bruxa, inicialmente glamurosa, ficou verde e feiosa. Pediu pra sair e foi substituída por Margaret Hamilton.
Quem diria que faria tanto sucesso ?

O filme foi um marco tão grande para a história do cinema, que gerou o desenho de estilisas famosos ( e alguns nem tão famosos assim), inspirando-se no sapatinho de Dorothy no filme. Provavelmente, a proposta era um mais moderno, com laços, brilhos excessivos e fitas. O meu preferido é o último, que mostra o laço completo, porém olhando bem, percebemos que cada metade do laço está em um par do sapato ! Adorei a ideia.
Mas, o que realmente marcou as telonas, foi a transição da imagem antiga, para o colorido, o que gerou vantagens á cor do sapato e ao filme.

(Judy Garland cantando "Over the Rainbown", música mundialmente conhecida e premiada)

XOXO ;)


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